sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Atualmente a dor é considerada o 5º sinal vital, devendo ser diagnosticada, tratada e, se possível, prevenida de forma adequada, pois além do compromisso ético com o nosso paciente, promoverá um grande benefício ao mesmo. A dor deverá ser tratada imediatamente após a sua instalação, pois poderá promover alterações metabólicas deletérias para o organismo, aumentar a incidência de complicações pós-operatórias, modificações de comportamento e, até mesmo, a instalação de um processo doloroso crônico.
Nos últimos anos têm aumentado o número de estudos sobre o reconhecimento, alívio e prevenção da dor em animais. Contudo, a dor ainda é tratada de forma inadequada em todo o mundo, tanto na medicina como na veterinária. Para tanto, faz-se necessário que os profissionais da área de saúde tenham conhecimentos sobre a etiologia e fisiologia dos mecanismos envolvidos na dor e das técnicas de tratamento utilizadas para o controle do sintoma álgico, além da capacitação para reconhecimento e mensuração do quadro doloroso.
Venho disponibilizar um serviço especializado no tratamento da dor aguda ou crônica (decorrente ou não do câncer) e cuidados paliativos em cães e gatos. O atendimento clínico será realizado no laboratório Fisioanimal - Rua Marco Aurélio, 399 – Lapa – Vila Romana/ São Paulo/ SP, fone(11) 3862-6398., em horário previamente agendado.
Esclareço que caso haja indicação de cirurgia, terapia complementar e/ou quimioterapia como opção(ões) para o tratamento da dor, a(s) mesma(s) será (ão) previamente discutida(s) com o veterinário que encaminhou o caso médico, mantendo, desta forma, o profissional sempre atualizado sobre o quadro clínico do seu paciente.
Entre em contato por telefone ou email para maiores informações. Estou à sua disposição.
Um grande abraço.

Dra. Teresinha L. Martins
CRMVSP 8051

Doutora em Ciências pela Faculdade de Medicina da USP. Colaboradora do Ambulatório da Dor e Cuidados Paliativos do Hovet da FMVZ da USP. Anestesiologista.
Email: martins.tere7@gmail.com

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Feliz 2014!!!!!

Olá, pessoal. Tenham todos um ano novo de realizações. E que nossos animais possam ser amados, cuidados e respeitados. Bj

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Olá, acesse o meu site e saiba mais sobre a dor e a minha prestação de serviços para aliviá-la e proporcionar qualidade de vida aos nossos queridos animais.  Um abraço.

www.dorvet.com.br

dorvet.com.br


quarta-feira, 9 de novembro de 2011

TRATAMENTO DA DOR NA CLÍNICA DE PEQUENOS ANIMAIS da Profa. Denise T. Fantoni. Fisiopatologia, avaliação, mensuração e tratamento da dor em cães, gatos e espécies silvestres. Está BÁRBARO.  

quinta-feira, 22 de setembro de 2011


Reconhecimento da dor

            Sabe-se que as estruturas anatômicas e os mecanismos neurofisiológicos na percepção da dor são semelhantes no homem e nos animais, sendo razoável admitir que um estímulo que é doloroso para uma pessoa poderá induzir respostas comportamentais semelhantes nos animais (Thurmon, 1999).
            Além da lesão tecidual que estimula a nocicepção e a inflamação, contudo outros fatores também devem ser considerados na dor pós-operatória, como a anestesia e o estresse (Shavit et al., 2006; Breivik e Stubhaug, 2008).
            O diagnóstico de dor deverá ser baseado na história (local, natureza, duração e complicações relacionadas à cirurgia), no exame físico (inspeção, palpação, verificação de sinais vitais e alterações nas respostas autonômicas), na avaliação do comportamento animal (postura corporal, irritabilidade), nos achados laboratoriais (cortisol, catecolaminas) e na quantificação da intensidade da dor. A detecção da dor nos animais pode ser extremamente difícil, principalmente se o observador não estiver familiarizado com o comportamento da espécie. Alguns deles não demonstram sinais óbvios de dor (particularmente quando interagindo com pessoas), ou demonstram apenas discretas mudanças comportamentais como isolamento e apetite caprichoso (Mckelvey e Hollingshead, 2003). Assim sendo, pode-se estabelecer sinais de dor e desconforto pós-operatório por meio da observação de alterações de personalidade ou atitude, nível de atividade, qualidade do sono, expressão facial, preocupação com a área traumatizada, vocalização, postura, parâmetros cardiorrespiratórios, apetite e ingestão de água. (Hellyer, 1999). (Trechos da  tese de doutorado de Teresinha L. Martins (www.teses.usp.br)
Algumas referências: Thurmon JC, Tranquili WJ, Benson GJ. Perioperative pain and its management. Essencials of Small Animal. Anesth Analg. 1999; p.28-60; Shavit Y, Fridel K, Beil B. Postoperative pain management and proinflammatory cytokines: animal and human studies.  J Neuroimmune Pharm. 2006; 1:443–51................

terça-feira, 12 de julho de 2011

Assessoria no controle da dor e cuidados paliativos em cães e gatos

Atualmente a dor é considerada o 5º sinal vital, devendo ser diagnosticada, tratada e, se possível, prevenida de forma adequada, pois além do compromisso ético com o nosso paciente, promoverá um grande benefício ao mesmo. A dor deverá ser tratada imediatamente após a sua instalação, pois poderá promover alterações metabólicas deletérias para o organismo, aumentar a incidência de complicações pós-operatórias, modificações de comportamento e, até mesmo, a instalação de um processo doloroso crônico.
Nos últimos anos têm aumentado o número de estudos sobre o reconhecimento, alívio e prevenção da dor em animais. Contudo, a dor ainda é tratada de forma inadequada em todo o mundo, tanto na medicina como na veterinária. Para tanto, faz-se necessário que os profissionais da área de saúde tenham conhecimentos sobre a etiologia e fisiologia dos mecanismos envolvidos na dor e das técnicas de tratamento utilizadas para o controle do sintoma álgico, além da capacitação para reconhecimento e mensuração do quadro doloroso.
Venho disponibilizar um serviço especializado no tratamento da dor aguda ou crônica (decorrente ou não do câncer) e cuidados paliativos em cães e gatos. O atendimento clínico será realizado em sua clínica veterinária ou na Avenida Comendador Alberto Bonfiglioli, 499 – Jardim Bonfiglioli, em horário previamente agendado pelo telefone (11) 9151.7777.
Esclareço que caso haja indicação de cirurgia, terapia complementar e/ou quimioterapia como opção(ões) para o tratamento da dor, a(s) mesma(s) será (ão) previamente discutida(s) com o veterinário que encaminhou o caso médico, mantendo, desta forma, o profissional sempre atualizado sobre o quadro clínico do seu paciente.
Entre em contato por telefone ou email para maiores informações. Estou à sua disposição.
Um grande abraço.

Dra. Teresinha L. Martins
CRMVSP 8051

Doutora em Ciências pela Faculdade de Medicina da USP. Colaboradora do Ambulatório da Dor e Cuidados Paliativos do Hovet da FMVZ da USP. Anestesiologista.
Email: martins.tere7@gmail.com

sábado, 6 de novembro de 2010

DOR AGUDA NOS ANIMAIS

Atualmente a dor é considerada como o 5º sinal vital devendo ser adequadamente tratada, pois além do compromisso ético com o paciente, promoverá um grande benefício ao mesmo. O tratamento inadequado da dor, principalmente no período pós-operatório, poderá promover o desencadeamento de dor crônica (Shavit et al., 2006; Breivik e Stubhaug, 2008).
Nos últimos anos têm aumentado o número de estudos sobre o reconhecimento, alívio e prevenção da dor nos animais (Hellebrekers, 2002). Contudo, a dor ainda é tratada de forma inadequada em todo o mundo, tanto na medicina (Daudt et al., 1998) como na veterinária (Taylor et al., 1995), fato que ocorre embora a classe médica tenha conhecimento do impacto negativo que a dor pós-operatória acarreta na sociedade, não havendo desculpa para a medicina moderna não tratá-la adequadamente (Cousins, 1989). Para tanto, faz-se necessário que os profissionais da saúde tenham conhecimentos básicos sobre a fisiologia da dor e a farmacologia dos analgésicos, além da capacitação para reconhecimento do quadro álgico (Bassanezi e Oliveira Filho, 2006).
A dor tem caráter preservativo para o organismo, pois atua como um alarme que aciona um conjunto de reações de defesa frente a uma lesão. Pode ser classificada como dor fisiológica, quando os mecanismos atendem a uma função de defesa e alarme, e como patológica, quando não cumpre uma função de alarme, incapacitando e levando a alteração de comportamento, comprometendo o bem estar físico e mental (Hellyer et al., 2007). A dor patológica ainda pode ser classificada em aguda ou crônica. A dor aguda está relacionada a situações de traumas acidentais e procedimentos cirúrgicos, tendo curto período de duração. Já a dor crônica geralmente está relacionada a longos períodos de duração da dor (Thurmon et al., 1999), tratamento inadequado da dor aguda, fatores pré, intra e pós-operatórios (Perkins e Kehlet, 2000).
A dor aguda pode ser decorrente de evento traumático, cirúrgico ou infeccioso, com período de duração curto, podendo progredir para dor crônica se não tratada adequadamente (Mitchell e Smith, 1989). O procedimento cirúrgico ocasiona lesão tecidual levando a um tipo de dor aguda com origem definida – o ato cirúrgico, que tem pico entre seis e vinte e quatro horas após o seu início, devendo ocorrer redução ou resolução com a cicatrização ou estabilização da área lesada (Gozzani, 1997).
O estímulo decorrente do procedimento cirúrgico ativa receptores que detectam a lesão tecidual (Gozzani, 2001), sendo que a dor ocorre quando há percepção desse estímulo noviço em nível cortical (Hellyer et al., 2007), dessa forma podemos dizer que a dor é essencialmente um processo perceptivo com origem no SNC como resultado de uma ação nociceptiva (Drumond, 2005). Didaticamente, os processos da transmissão da dor podem ser classificados em quatro fases: transdução, transmissão, modulação e percepção (Drummond, 2000).
O diagnóstico de dor deverá ser baseado na história (local, natureza, duração e complicações relacionadas à cirurgia), no exame físico (inspeção, palpação, verificação de sinais vitais e alterações nas respostas autonômicas), na avaliação do comportamento animal (postura corporal, irritabilidade), nos achados laboratoriais (cortisol, catecolaminas) e na quantificação da intensidade da dor. A detecção da dor nos animais pode ser extremamente difícil, principalmente se o observador não estiver familiarizado com o comportamento da espécie. Alguns deles não demonstram sinais óbvios de dor (particularmente quando interagindo com pessoas), ou demonstram apenas discretas mudanças comportamentais como isolamento e apetite caprichoso (Mckelvey e Hollingshead, 2003). Assim sendo, pode-se estabelecer sinais de dor e desconforto pós-operatório por meio da observação de alterações de personalidade ou atitude, nível de atividade, qualidade do sono, expressão facial, preocupação com a área traumatizada, vocalização, postura, parâmetros cardiorrespiratórios, apetite e ingestão de água. (Hellyer, 1999).
A dor pode ser classificada de acordo com a sua ocorrência em aguda ou crônica, sua origem em somática e visceral e, ainda, com relação à sua intensidade em leve, moderada ou severa. A avaliação da dor deve ser realizada de modo objetivo por meio da mensuração dos parâmetros fisiológicos (freqüência cardíaca (FC) e respiratória (FR) e pressão arterial (PA), por exemplo) e determinações bioquímicas (catecolaminas plasmáticas, cortisol e glicose séricos, por exemplo). O modo subjetivo poderá ser realizado por meio de escalas numéricas ou descritivas (Posso, 1995).
A mensuração dos níveis plasmáticos de cortisol (Grisneaux, et al., 1999), catecolaminas e glicose pode ser realizada para reconhecimento de dor em pequenos animais (Mastrocinque e Fantoni, 2001), além de auxiliar na comparação do uso de fármacos analgésicos com relação à atenuação da resposta neuroendócrina à dor (Mastrocinque e Fantoni, 2001).
A inflamação e o estresse decorrentes do procedimento cirúrgico estão associados ao aumento do TNF-α e citocinas pró-inflamatórias como a IL-1β e IL-6 (Zhou, 1993; Omoigui, 2007).sendo que a interleucina-6 (IL-6) é uma citocina pró-inflamatória e antiinflamatória além de ser um sensível marcador de lesão tecidual, a sua intensidade está diretamente relacionada com a extensão do trauma cirúrgico (Cruickshank et al., 1990; Raeburn et al., 2002).
Além dos sinais de alteração de comportamento e de parâmetros fisiológicos, pode-se valer de diferentes tipos de escalas para quantificar a dor, sendo que a escala analógica visual (EAV) e a escala numérica visual (ENV) são as mais utilizadas, embora alguns autores considerem que não são as mais adequadas para uso em animais quando são atendidos em um hospital com dor aguda. As escalas têm o objetivo de avaliar a intensidade da dor e verificar a eficiência do tratamento analgésico (Holton et al., 2001).
A dor deverá ser tratada imediatamente após a sua instalação (Teixeira et al. 1999), contudo a dor aguda ocasionada pelos procedimentos cirúrgicos exige protocolos que proporcionem níveis satisfatórios e previsíveis de analgesia (Otero, 2005), pois pode aumentar a incidência de complicações pós-operatórias, alterações metabólicas e, até mesmo, a instalação de um processo doloroso crônico (Slingsby e Waterman-Pearson, 1998).Os fármacos analgésicos podem ser administrados por diversas vias. Quando utilizado pela via intramuscular (IM) apresentam o inconveniente da absorção de forma heterogênea, sofrendo alteração da concentração do fármaco e sua ação analgésica. A via subcutânea (SC) é uma opção bastante simples e interessante, pois pode ser utilizada também de forma contínua. A administração intravenosa (IV) proporciona melhor concentração do fármaco. A via oral (VO) embora seja bastante prática, não se presta ao tratamento da dor no pós-operatório imediato. Ainda podemos nos valer das vias, sublingual, transmucosal e transdérmica (Sakata, 2001). Os analgésicos opióides são fármacos tradicionalmente utilizados para o controle da dor, podendo ser administrados de forma preemptiva, trans-operatória e pós-operatória (Grisneaux et al., 1999; Pascoe, 2000). Ainda poderão ser associados a outras categorias analgésicas, como por exemplo, os antiinflamatórios não-esteroidais - AINEs, já que a observação clínica demonstrou um efeito supra-aditivo, diminuindo a dose e efeitos colaterais dos opióides quando administrados isoladamente (Lascelles, 2002). A associação à dipirona também pode ser bastante vantajosa (Rockemann et al., 1996; Tempel et al., 1996).